Para vocês, as minhas mulheres!
A todas as mulheres da minha vida, que são
algumas, mas não só...
Ás Mulheres de sorriso maroto, de olhar curioso
com sede de vida com sede de saberem sobre elas mesmas.
Ás que se culpam e ás que se desculpam quando
se entendem.
Ás que se riem delas, ás que se riem para os
outros mesmo desfeitas por dentro.
Ás que lutam e ás que travam batalhas diariamente.
Ás que se entreajudam, ás que se amparam quando
estão na merda, ás que dão colo, ás que atendem as chamadas mesmo que estejam
no WC a concretizar o n.º 2.
Ás que te ouvem sem qualquer julgamento.
Ás que te compreendem, ás que te escutam, ás que
te esclarecem dúvidas emocionais e existenciais de autocomiseração, mesmo quando
elas próprias estão impróprias para consumo.
Ás que te impedem de fazer loucuras, ou te incentivam
a fazê-las.
Ás que se passam no e com o trânsito, ás que
discutem, e que depois pedem desculpa, ás que são nervosas, ás que são calmas.
Ás que não sabem... ás que dizem "tanto faz".
Ás que dançam enquanto arrumam a casa, ás que
requebram mesmo quando não sabem dançar, mas divertem-se... ahhh as que se
divertem.
Ás que choram, ás que têm fé, ás que acreditam, ás que se desiludem, mas dão gargalhadas quando tudo passa.
Ás que se mantêm crianças mesmo sendo adultas, ás que sentem liberdade quando andam descalças pela rua e pela casa.
Ás que não usam ou não gostam de usar soutien...
Ás que caminham, ás que correm, ás que fogem
para não mais voltar (mas talvez um dia)...
Ás que vão dormir mas antes já estão a sonhar.
Ás que adoram a cama, a almofada e os lençóis polares...
Ás que têm medo de cair, mas já caídas arranjam
a força para levantar.
Ás que arriscam ou as que estão em processo de
arriscar.
Ás que são aptas, fortes, espertas, lindas, sensuais
mesmo com um rabo de cavalo mal amanhado, sem maquilhagem e com fato de treino
alheio.
Ás que achavam que não precisavam do colo da mãe...
Ás que gostam de saltos mas não do desconforto.
Ás que gostam de noitadas, de barulho e de
pessoas.
Ás que gostam do verão e do mar...
Ás que gostam de brincar na areia...
Ás que só querem babanço no sofá num domingo à
tarde, ás que adormecem a ver filmes mas teimam em vê-los, ás que gostam de ler
mas preferem beber.
Ás que gostam de comer, ás que gostam de
conhecer, ás que gostam de experimentar.
Ás que gostam de simplesmente ir...
Ás que planeiam...
Ás que duvidam e depois acreditam para depois, outra vez duvidar.
Ás que lutam mas também deixam ir.
Ás corajosas, ás respondonas, ás empáticas, ás
impetuosas, ás exageradas, ás problemáticas, ás adoravelmente loucas.
Ás que se retiram de cena...
Ás irmãs... aquelas que te chamam de chata
insuportável porque o podem fazer numa relação de completa abertura, sinceridade e amor.
Ás que ouvem as músicas que gostam aos berros
repetidamente, as que cantam tanto e tão alto que ficam sem voz.
Ás que imaginam diálogos que nunca irão
acontecer...
Ás que só depois pensam naquela boca que
poderiam mandar horas depois da oportunidade para o fazer... passar...
Ás que remoem situações que ocorreram há meses
ou anos...
Ás que esperneiam, ás que se revoltam, ás que têm
sede de vida, ás que falam para elas próprias e sussurram vais conseguir e vai
tudo ficar bem, mesmo não sabendo...mas acreditando.
Ás que querem furar as orelhas mas ainda não
tiveram a coragem...
Ás que mantêm sempre a esperança na capacidade do
ser humano evoluir e promover a mudança.
Ás que amam...
Ás que já amaram...
Ás que esperam...
Ás que deixaram de esperar e resolveram agir...
Ás que se priorizam...
Ás que promovem o seu amor próprio e o das outras...
Porque todas nós, netas, filhas,
esposas, companheiras, mães, avós, somos um espetáculo singular vivido no
colectivo.
Porque esta montanha russa que é a vida não teria a mesma piada sem nós,
Mulheres!
“Let
everything happen to you, Beauty and terror, just keep going no feeling is
final.” (Jojo Rabbit – Rainer Maria Rike)
Amei!!!! Às rezingonas!!!!
ResponderEliminarA nós... um confuso espetáculo... :D
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